Apresentamos abaixo um texto enviado pelo leitor José Maria Marques, retratando o fiasco de renda e público que foi o Campeonato Estadual de 2011 e a arcaica administração do futebol local, a cargo da FSF.
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  Do site da Federação Sergipana de Futebol vem os dados e ao analisá-los, constata-se facilmente que o Campeonato Sergipano de Futebol Profissional da primeira divisão foi um fracasso total, financeiramente falando. Da preocupação de reverter essa situação, vem uma pergunta que não quer calar: Como fazer um campeonato rentável?
  Essa receita, a FSF parece não saber. São mais de 20 anos no comando da Federação e a situação parece cada vez pior. Olhar para um público total, de todo o campeonato, de 67.600 pessoas e uma mísera média de 650 pagantes por jogo nos remete para uma situação calamitosa. Esse público gerou uma receita próxima a R$ 720 mil reais (ou R$ 6.900,00 por jogo). Para a grande maioria dos 10 times participantes, até que não seria uma média ruim. Mas, considerando-se que as arrecadações se concentram praticamente em três clubes, Sergipe, Confiança e Itabaiana, que detém juntos cerca de 63,2% do total arrecadado, o que se vê são os times pagando para jogar. Como exemplo podemos citar os times que decidiram o campeonato, o River Plate, com 55 mil (média de 3,9 mil por jogo), e o São Domingos, com 68 mil (média de 4,9 mil por jogo).
  Ora, com folhas de pagamentos acima de 100 mil e 40 mil mensais não é preciso nem fazer contas. De onde vem o dinheiro então para manter os clubes? Caracteristicamente falando, quando são times do interior, dependem diretamente da ajudas das prefeituras, e quando não existem esses recursos públicos, dos bolsos dos abnegados dirigentes. Aos times da capital, sem ajuda pública, resta buscar recursos com patrocinadores que participam com cotas, e quando não, das pequenas colaborações de empresários que amam seus clubes. Igualmente, pedindo a um e outro uma quantia pra pagar folhas e despesas dos atletas.
  Analisando o caso do nosso clube, é fácil constatar que da arrecadação não se pode tirar muito. Analisem os borderôs dos jogos, onde é fácil ver que para empatar arrecadação com despesas, em jogos do Batistão, teríamos que ter pelo menos 1000 pagantes. Ou seja, uma arrecadação de menos de 10 mil reais obriga o time a pagar despesas na Federação. Sem ser sarcástico, brincar de fazer futebol é o que fazemos, mas o futebol é um brinquedo caríssimo.
  Ouvi falar de planejamento para o próximo ano (e todo ano ouço a mesma coisa). Mas será que esses administradores sabem mesmo o que é planejamento? E mais, sabem o que é executar planejamento? Estabelecer objetivos e metas? Tornar o campeonato superavitário? A resposta é NÃO. Resta saber se é a propósito ou é ignorância administrativa mesmo. Esse mesmo dirigente e seu grupo pretendem ser candidato de novo nas próximas eleições e com o apoio dos clubes vão ganhar novamente. Você votaria nele?
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  Do site da Federação Sergipana de Futebol vem os dados e ao analisá-los, constata-se facilmente que o Campeonato Sergipano de Futebol Profissional da primeira divisão foi um fracasso total, financeiramente falando. Da preocupação de reverter essa situação, vem uma pergunta que não quer calar: Como fazer um campeonato rentável?
  Essa receita, a FSF parece não saber. São mais de 20 anos no comando da Federação e a situação parece cada vez pior. Olhar para um público total, de todo o campeonato, de 67.600 pessoas e uma mísera média de 650 pagantes por jogo nos remete para uma situação calamitosa. Esse público gerou uma receita próxima a R$ 720 mil reais (ou R$ 6.900,00 por jogo). Para a grande maioria dos 10 times participantes, até que não seria uma média ruim. Mas, considerando-se que as arrecadações se concentram praticamente em três clubes, Sergipe, Confiança e Itabaiana, que detém juntos cerca de 63,2% do total arrecadado, o que se vê são os times pagando para jogar. Como exemplo podemos citar os times que decidiram o campeonato, o River Plate, com 55 mil (média de 3,9 mil por jogo), e o São Domingos, com 68 mil (média de 4,9 mil por jogo).
  Ora, com folhas de pagamentos acima de 100 mil e 40 mil mensais não é preciso nem fazer contas. De onde vem o dinheiro então para manter os clubes? Caracteristicamente falando, quando são times do interior, dependem diretamente da ajudas das prefeituras, e quando não existem esses recursos públicos, dos bolsos dos abnegados dirigentes. Aos times da capital, sem ajuda pública, resta buscar recursos com patrocinadores que participam com cotas, e quando não, das pequenas colaborações de empresários que amam seus clubes. Igualmente, pedindo a um e outro uma quantia pra pagar folhas e despesas dos atletas.
  Analisando o caso do nosso clube, é fácil constatar que da arrecadação não se pode tirar muito. Analisem os borderôs dos jogos, onde é fácil ver que para empatar arrecadação com despesas, em jogos do Batistão, teríamos que ter pelo menos 1000 pagantes. Ou seja, uma arrecadação de menos de 10 mil reais obriga o time a pagar despesas na Federação. Sem ser sarcástico, brincar de fazer futebol é o que fazemos, mas o futebol é um brinquedo caríssimo.
  Ouvi falar de planejamento para o próximo ano (e todo ano ouço a mesma coisa). Mas será que esses administradores sabem mesmo o que é planejamento? E mais, sabem o que é executar planejamento? Estabelecer objetivos e metas? Tornar o campeonato superavitário? A resposta é NÃO. Resta saber se é a propósito ou é ignorância administrativa mesmo. Esse mesmo dirigente e seu grupo pretendem ser candidato de novo nas próximas eleições e com o apoio dos clubes vão ganhar novamente. Você votaria nele?
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